Neste verão ofereceram-me Os Pilares da Terra, de Ken Follet. E, parafraseando o autor, "A última coisa que se poderia esperar de mim" era que eu lesse um livro cujo enredo cresce à volta da construção da catedral inglesa de Kingsbridge (séc. XII).
...
...
"A desilusão foi tremenda. Compostela era a cidade espanhola onde o apóstolo Tiago se achava sepultado. Era viagem para durar meses. Era praticamente o mesmo que se Jack estivesse nos confins do mundo(...)
- Seja como for, vais cruzar-te com centenas de pessoas no caminho para Compostela. Podes sempre integrar-te num grande grupo de peregrinos. Não tens de viajar sozinha(...)
Os caminhos dos peregrinos que atravessavam a França, convergiam em Ostabat, nos contrafortes dos Pirenéus. O grupo constituído por uma vintena de peregrinos na companhia do qual Aliena viajava foi engrossando para cerca de setenta. Formavam um bando de pés doridos, mas bem-disposto: alguns burgueses prósperos, outros provavelmente foragidos à justiça, meia dúzia de bêbados e ainda diversos monges e clérigos. Os homens de Deus encontravam-se ali por motivos de devoção, a maioria dos restantes, porém, parecia decidida a divertir-se. Falavam em varias línguas, incluindo o flamengo, uma língua de origem germânica, e uma língua do sul de França chamada langue d'Oc. Apesar disso, não havia falta de comunicação entre eles e, enquanto faziam a travessia dos Pirenéus, cantavam, faziam jogos, contavam histórias e - em vários casos - namoriscavam (...)
Chegaram a Santiago no Dia de Natal.
Chegaram a Santiago no Dia de Natal.
Dirigiram-se de imediato à catedral para assistir à missa. A igreja estava à cunha, como já seria de esperar."
Sem comentários:
Enviar um comentário