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13 de agosto de 2012

...retalhos e detalhes...




Verão é tempo de remexer gavetas e caixas, tirar  e voltar a pôr no mesmo lugar... ou talvez não.
Decidi lavar toalhas e outras rendas que guardo apesar de  não as utilizar. O tempo deixa-as amarelecidas e precisam de arejar, de ser expostas ao sol. À medida  que as revejo, o tempo recua... e tão longo é já o caminho...
Ainda recordo o fascínio que senti, num dia de verão,  ao ver a vizinha abrir uma grande trouxa no pátio e de lá sair um emaranhado de fios que transformou em novelos. Tinha eu cinco anos. Com pequenas sobras que ela me deu, fiz o primeiro cordão em croché. A partir daqui, agulhas e fios foram uma constante na minha vida. Aprendi diferentes técnicas, inicialmente vendo trabalhos já feitos, depois através de revistas ou apenas vendo e deduzindo a forma de o fazer. Muitas foram as vezes em que apressava o regresso a casa na ânsia de pegar nas agulhas e executar, por tentativa e erro, aquilo que retivera na lembrança e no olhar.
Nos próximos posts mostrarei os trabalhos que ainda guardo, uns regressarão às caixas e gavetas e outros seguirão novo rumo: serão presente para quem gosta, mas não sabe ou não tem tempo de fazer. Não faz sentido guardar aquilo que não uso havendo quem os queira usar.
O napperon aqui exposto é um dos mais antigos.  Foi feito quando eu tinha cerca de treze anos; fi-lo a partir do esquema de uma revista, o texto estava em francês e eu não conseguia perceber as instruções mas, dada a simplicidade do motivo, bastou a imagem.
...volta para dentro da caixa das recordações...

2 comentários:

Joana disse...

Gostei muito desta descrição. A Isilda tem umas mãos de ouro! (Descobri outra coisa em comum: ambas temos esse livro e gostamos de José Luís Peixoto! ;)) Beijinho

Isilda disse...

Obrigada, Joana:-)
Beijinho