Fácil e rápido: fiz uma almofada de um só tecido, de seguida cosi a parte de baixo de um top e "vesti" a almofada com ele. E assim, esta peça ganhou uma segunda vida.
Tenho um grupo alargado de amigos espalhado... por aí... hoje é dia de aniversário de um deles, vive em Londres, cidade onde nos conhecemos, mas somos ambos portugueses... acabada de sair da adolescência, aprendi que o mundo é mesmo redondo e, por vezes, muito pequeno a ponto de encontrarmos um colega nos confins deste planeta... ou quando os laços de amizade perduram no tempo ainda que vivamos a quilómetros de distância.
Apesar
de não ser uma acumuladora (minimalista radical também não) tenho
alguma dificuldade em deitar fora peças de que gosto muito e nas quais vejo potencial; daí
procurar, sempre que possível, uma segunda vida para elas.
Ontem, a chuva intensa e o granizo fizeram-se anunciar: a luz tornou imponente o velho casario e o negro no céu completou o cenário dramático que antecedeu o dilúvio.
Não há fome que não dê em fartura... não sei se será sempre assim, mas nesta situação aplica-se: dei comigo à procura de taleigos cá por casa... e... é verdade, eu que faço tantos, não tinha o que procurava. Ultimamente, quando a saudade da máquina de costura aperta, pego no cesto onde guardo pequenos retalhos e faço mais um taleigo para mim... escusado será dizer que fico sempre uma cliente duplamente satisfeita: ganho um novo taleigo e os tecidos ficam mais arrumados!
A chuva trouxe consigo o calor do frio de outono... sim, porque este primeiro frio traz sempre consigo o aconchego e o calor de uma manta, a suavidade de um Beijinho... este, tal como todos os trabalhos mais recentes, foi feito com restos de tecidos que encontrei enquanto organizava gavetas e caixotes.
Este ano visitei a Turquia e, como é habitual antes de partir, procurei um guia em diferentes livrarias; para grande espanto meu estavam esgotados e já não tive tempo de comprar na net.
Desde que cheguei tenho feito imensa pesquisa, pois aquilo que lá aprendi permite-me pesquisar de forma mais direcionada e assertiva; tenho a sensação de que estou a fazer uma segunda viagem dada a riqueza da informação recolhida.
Está cientificamente por mim comprovada a eficácia deste método de arrumação, garanto obra feita. O único senão, preferia ocultá-lo, é o dispêndio de tempo que nem sempre é compatível com a vida agitada e cronometrada que a maioria de nós tem. Mas também já está comprovado que nada é perfeito... assim sendo continuarei a utilizá-lo.Desta vez, penso eu, ter terminado o Jelly Roll... há tecidos que não param de aumentar.
Desde que cheguei tenho saudades da imensidão dos espaços; de sentir a liberdade de percorrer à meia-noite a avenida Istiklal de Istambul... que marcas me deixou a Turquia para sentir tal nostalgia? Estarei a projetar esta constante vontade de partir, de viajar num só país ou é mesmo mérito da Turquia? Tenho de lá voltar...