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31 de agosto de 2008

...a cegonha vai chegar...



Vou ter mais um amiguinho: o Gaspar. E estou certa de que me vai ajudar a crescer.

26 de agosto de 2008

...sacos feitos de retalhos...


Mais um dia de grande azáfama na Retalhos.

...Memorial do Convento...


Ontem terminei de ler mais este livro de Saramago e ocorre-me reafirmar o que, a propósito de Lanzarote, referi sobre a mão divina do Homem em terreno aparentemente estéril.

Neste livro há várias histórias entrelaçadas que evoluem à medida que as paredes do convento de Mafra se erguem. Umas passam-se na corte real e outras por entre o povo, onde surgem duas personagens ao nível das duas mais famosas de Shakespeare.
Todo o trama termina suspenso no destino de Blimunda e Baltasar Sete-Sóis e os três últimos capítulos são pequenos de mais tal é o turbilhão e o desconforto que em nós fica.
SS
" A antiga e larga manjedoura, que nos tempos da sua utilidade estivera fixada aos prumos da barraca, a altura conveniente, estava agora no chão, meio desconjuntada, mas confortável como um leito real, afofada de palha, com duas mantas velhas. Álvaro e Inês Antónia, sabiam que serventia tinham estas coisas, mas fingiam ignorá-lo. Nunca lhes deu o capricho de experimentar a novidade, são espíritos quietos e carnes desambiciosas, só Gabriel aqui virá ter encontros depois de mudadas estas vidas, tão perto isso já vem e ninguém o adivinha. Talvez alguém, talvez Blimunda, não por ter puxado Baltasar para a barraca, sempre foi mulher para dar o primeiro passo, para dizer a primeira palavra, para fazer o primeiro gesto, mas por uma ânsia que lhe aperta a garganta, pela violência com que abraça Baltasar, pela sofreguidão do beijo, pobres bocas, perdida está a frescura, perdidos alguns dentes, partidos outros, afinal o amor existe sobre todas as coisas."

24 de agosto de 2008

...novo saco a tiracolo...


Fiz uma ligeiras modificações no Trouxinhas e saiu um novo saco a tiracolo.

23 de agosto de 2008

...mudam os tempos, permanecem as vontades...


Há dias esbocei um sorriso ao olhar para aquela amálgama em cima do meu sofá.
...
Em Tóquio vi modernidade e tradição andar de mãos dadas pela rua (não é raro vislumbrar, por entre néon e arranha-céus, um de quimono e outro com roupas de vanguarda).
...
Ontem, fui ver uma comovente história de amor...o protagonista tudo faz para conquistar aquela que tanto ama e juntos conseguem preservar a única planta do moribundo Planeta Azul. Eles vivem no futuro, vêem velhos filmes musicais de Hollywood e estremecem ao simples entrelaçar das suas mãos... Ele chama-se Wall-E e ela Eve; são robôs, mas não da mesma geração.
A não perder.

22 de agosto de 2008

... flores aladas...


Ontem, à tarde plantei uma madressilva. À noite, os botões ganharam asas e o seu perfume veio dizer-me Boa-noite.

21 de agosto de 2008

...novidades na Retalhos...


Novos sacos com fuxicos na Retalhos.

... Hora...


ss
...a capital de Mýkonos.

18 de agosto de 2008

...Mýkonos...


A viagem de barco pelo mar Egeu (Santorini/Mýkonos) foi uma verdadeira odisseia que eu apelidei de Sinfonia da Náusea. Felizmente não fiz parte da orquestra!!! E o dia estava calmo, imagino em dias de tempestade!!!
Quanto terá padecido Ulisses, uma vez que por lá andou tantos anos!!!

17 de agosto de 2008

...de visita ao vulcão...


A caminho do Parque Natural Geológico Nacional de Néa kaméni , o branco casario de Santorini deu lugar ao negro das falésias.



ss
Como curiosidade surje o facto de nesta ilha coexistirem as pedras vulcânicas mais velhas (430 anos) e as mais jovens (50 anos).



Antes do almoço, numa outra ilhota, o barco parou e tivemos direito a uma banhoca. Os mais corajosos rumaram em direcção às água quentes (não fiz parte desse grupo, o meu fôlego não dá para tanto!!!!)
Depois de almoço fui de novo chapinhar...
ss

...Oía, Santorini...



Em vez do Wally descubram os recém-casados.

...Archaía Thíra...


De costas voltadas para a caldeira existe uma outra Santorini com praias, campos agrícolas e vestígios históricos. A antiga capital (Archaía Thíra) ergue-se 400 metros acima do mar Egeu; a subida é íngreme, mas valeu a pena o esforço pois a vista é soberba.

...Santorini de azul e branco...


SS

5 de agosto de 2008

...Santorini...



... da minha janela, nas falésias, com vista para a caldeira...

...Montanhas Brancas...


Para além da História e do mar, Creta tem ainda as Montanhas Brancas. Para lá chegar é preciso atravessar aldeias quase desertas e enfrentar curvas e mais curvas. No final, valeu o esforço apesar de não ter havido tempo para fazer uma caminhada pelo desfiladeiro de Samaria.

...praias de Creta...


Depois da visita às ruínas de Festos, soube bem o fresco vindo do mar. Esta praia, agora uma estação balneária muito frequentada, nos anos 60 era o paraíso dos hippies que pernoitavam nas grutas que ladeiam a baía.
Para aqueles que fogem às multidões, há a praia de Kommós, a 3 km de Mátala. Graças às ruínas de uma cidade minóica existente em Kommós a construção está interdita e a natureza preservada.
Contudo, as praias mais desertas encontram-se no lado oposto da ilha. Depois de Ágios Nikólaos, os turistas diminuem e é possível termos uma praia só para nós.
O mar, estejamos a Este ou Oeste, é sempre azul turquesa e as suas águas cristalinas.
sss

3 de agosto de 2008

... Cnossos, Creta...


Nesta ilha, berço de Zeus, é difícil distinguir História e mitologia, pois não há lugar que não tenha sido habitado por uma divindade e que não tenha uma lenda. Aqui terá Zeus vivido com a princesa Europa e os três filhos; o mais famoso dos três - rei Minos - vivia no palácio de Cnossos (nas fotos) onde mandou construir o célebre Labirinto do Minotauro, Ariana, Dédalo e Ícaro.
Mas, lendas à parte, ao visitar Cnossos tive a real noção da grandeza da civilização minóica. É difícil imaginar que 2000 anos A.C. foram construídos palácios daquela dimensão por povos com uma cultura e sensibilidade artística tão apurada. E mais difícil ainda é compreender a sua extinção.

1 de agosto de 2008

...tecidos milenares na stoa d'Attale...


Grande é o saber daquele que transforma pedra dura na mais fina cambraia.

...Acrópole de Atenas...


Em dias de muito calor tão penosa é a subida quanto a descida.

...Galerias Vittorio Emanuele...


Reza a lenda (agora criada) que uma giganta milanesa passava horas a unir velhos retalhos. E como o tempo tudo muda, certo dia ao acordar viu a sua linda manta transformada numa rua empedrada que a levava até ao centro da sua amada cidade. Como gostou do que viu, nem por sombras se zangou! Pegou de novo na agulha e bordou um belo tapete para dar vida à praça onde desembocava a sua velha manta transfigurada. Mas ainda não contente, e para que a chuva, o vento e o sol não lhe retirassem a cor, teceu um majestoso toldo translúcido e acetinado. Nessa mesma noite, deitada no chão pelo tapete coberto, olhando o céu estrelado, a giganta agradeceu a dádiva a Chronos e ao Deus das agulhas, linhas e retalhos. E o seu sono descansado foi velado por uma eterna estrela grega por mim denominada:Phantasía.