...está na Casa do Infante uma exposição alusiva a Manoel de Oliveira e à actividade do Cineclube do Porto desde a sua fundação até 1975.
Para além de bobines, máquinas de filmar e fotos há artefactos curiosos como a inscrição do sócio nº1 do Cineclube (Hipólito Duarte) e o pequeno texto, abaixo transcrito, relativo às repercussões da censura Salazarista no campo das artes.
"Os anos de chumbo
Não lhes perdoo-o. Mais do que tudo o que me tiraram, os livros que não li, os filmes que não vi, as coisas que aconteciam e que me foram escondidas, a tal bandeira e o tal hino que nunca nos chegou, não lhes perdoo o medo que tive. Mas sobretudo não lhes perdoo o pior mal que me fizeram, o pior mal que se pode fazer a um miúdo: não lhes perdoo-o que tivessem assustado o meu pai, não lhes perdoo ter visto o meu pai com medo.
Luís Miguel Duarte"
Para além de bobines, máquinas de filmar e fotos há artefactos curiosos como a inscrição do sócio nº1 do Cineclube (Hipólito Duarte) e o pequeno texto, abaixo transcrito, relativo às repercussões da censura Salazarista no campo das artes.
"Os anos de chumbo
Não lhes perdoo-o. Mais do que tudo o que me tiraram, os livros que não li, os filmes que não vi, as coisas que aconteciam e que me foram escondidas, a tal bandeira e o tal hino que nunca nos chegou, não lhes perdoo o medo que tive. Mas sobretudo não lhes perdoo o pior mal que me fizeram, o pior mal que se pode fazer a um miúdo: não lhes perdoo-o que tivessem assustado o meu pai, não lhes perdoo ter visto o meu pai com medo.
Luís Miguel Duarte"
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